Nasceu no Recife, Pernambuco, Brasil. Desde cedo começou a inventar histórias que iam se construindo ao embalo de uma ficção assemelhada a contos de fada. Cresceu sob a égide da imaginação. Mas, pouco a pouco, firmou-se numa linguagem pessoalíssima, elaborando, primeiro, as sílabas; depois, os vocábulos; e a idéia se transformando em matéria-viva. Sem preconceitos ou vestígios de intolerância, assumiu a tendência intimista com vontade inabalável, ainda que o corpo frágil indicasse hesitação; vendo, ouvindo, tateando e, sobretudo, sentindo: uma mania desarvorada de sentir. Trapezista que se equilibra entre o papel e a navalha, entre os fios de aço e a rede esgarçada, entre o parágrafo para concluir e a alucinação do ponto final. E a vida, a latejar nas veias...
Escreveu vários livros: crônicas, contos, romances, ensaios. Expectadora perdida em uma multidão anônima que se confunde com rostos múltiplos. Angustiada e introspectiva, lendo Virgínia Woolf, Katherine Mansfield; Albert Camus, Marguerite Yourcenar. E a indecifrável Clarice Lispector.
Vulcânica, inquieta, revolta.
E em paz.
Meu nome: Fátima Quintas
Os realejos, movidos a manivela, relíquias de uma casa sobrevivente, entoavam concertos ao som romântico e roufenho, enquanto os cristais quebravam-se à toa. As janelas fechadas recusavam a intromissão da luz; sem vento algum os lustres bailoçavam, as velas dos castiçais apagavam-se, as cortinas finas e delicadas voavam... Sem mãos alheias, os retratos mudavam de lugar, a louça antiga, guardada numa petisqueira do século XIX, aparecia arranhada, os sofás expulsavam as cobertas em crochê, o marquesão perdia o brilho do verniz... O riso tranquilo de Maria Gasparina ressoava, da porta de entrada à porta de fundo... até que o interruptor provocava um curto circuito.
Os realejos, movidos a manivela, relíquias de uma casa sobrevivente, entoavam concertos ao som romântico e roufenho, enquanto os cristais quebravam-se à toa. As janelas fechadas recusavam a intromissão da luz; sem vento algum os lustres bailoçavam, as velas dos castiçais apagavam-se, as cortinas finas e delicadas voavam... Sem mãos alheias, os retratos mudavam de lugar, a louça antiga, guardada numa petisqueira do século XIX, aparecia arranhada, os sofás expulsavam as cobertas em crochê, o marquesão perdia o brilho do verniz... O riso tranquilo de Maria Gasparina ressoava, da porta de entrada à porta de fundo... até que o interruptor provocava um curto circuito.
GOSTARIA DE TE CONHECER PESSOALMENTE E DESCOBRIR COMO VOVÊ E... TANTAS COISAS NUMA UNICA PESSOA...COMO É MESMO O TEU OLHO ? E O TEU GEITO DE OLHAR? SERA QUE SABE VER????
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